A reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) espera pelo nome do professor do Departamento de Jornalismo envolvido na suspeita de plágio nas provas do concurso público para a Assembleia Legislativa.
Aplicadas no dia 6 de deste mês, as provas foram canceladas três dias depois por denúncias de que 43 questões haviam sido copiadas de outros concursos. O novo teste está marcado para o dia 10 de janeiro.
O reitor da UFSC, Álvaro Prata, encaminhou ofício, ontem, à direção da Fundação de Estudos e Pesquisas Sócio-Econômicos (Fepese) da universidade, que organizou o concurso. Ele diz que o objetivo não é uma caça às bruxas. Mas abrir procedimentos administrativos para apurar responsabilidades e dar oportunidade para o professor se defender.
– A nossa expectativa é de que, no máximo no começo da próxima semana, estejamos com a resposta em mãos. Com isso, precisaremos tomar as providências administrativas cabíveis – disse o reitor.
Clima de desconfiança dentro do campus
Álvaro Prata entende que tanto a universidade quanto o Departamento de Jornalismo não têm responsabilidades. Diz que coube à Fepese tratar da elaboração das questões. Mas se mostra preocupado com a proporção que o assunto tomou na mídia.
O reitor conta que foi procurado pela professora Tattiana Teixeira, chefe do Departamento de Jornalismo, que relatou o ocorrido. Também entrou em contato com a direção da Fepese, que confirmou o envolvimento de um professor. Segundo o reitor, o nome do docente não foi divulgado.
– Estamos diante de um caso onde o professor, o departamento e a universidade sofrem os prejuízos. Mas o que aconteceu é plágio, uma situação inadmissível e sem justificativas – observou o reitor.
Desde o momento em que a Fepese “abriu” a informação de que se trata de um professor do curso de Jornalismo, o clima de desconfiança invadiu o setor. Como não ocorreu a divulgação de quem seria, inclusive pelo critério do sigilo, as pessoas começaram a fazer especulações. Até o momento, o nome de nenhum profissional foi vinculado oficialmente.
O Colegiado do Departamento de Jornalismo divulgou nota oficial e foram feitas reuniões. O manifesto diz que o órgão não foi contatado pela Fepese para indicar qualquer dos professores de seu quadro para a elaboração de provas.