A Fundação de Estudos e Pesquisas Sócio-Econômicos da Universidade Federal de Santa Catarina (Fepese) pode processar civil e criminalmente os professores integrantes da banca que elaborou o concurso público da Assembleia Legislativa, realizado no último domingo.
Candidatos apontam questões repetidas de outros concursos nas provas para os cargos de jornalista, operador de rádio e operador de TV.
A prova de onde mais saíram questões que foram repetidas para as da Assembleia foi a do concurso para a Universidade Federal de Uberlândia, realizado em 14 de junho de 2009. Das 25 perguntas da prova específica para o cargo de operador de TV, 19 utilizam questões da prova de técnico de laboratório de edição de vídeo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que só tinha 20 questões.
Além de trocar a ordem das alternativas, também foi acrescentada, à prova da Alesc, uma alternativa a mais para cada questão. Aqui são cinco, lá eram quatro. Na prova para operador de estúdio de rádio, a coincidência foi em 18 questões. A questão 36 da prova da Assembleia (equivalente à 31 da UFU) sofreu uma pequena modificação: onde o modelo de roteiro de rádio dizia “RODA SONORA FULANO DE TAL”, foi mudado para “RODA SONORA PREFEITO”, mas a alteração não interferia na resposta correta.
A prova específica para jornalismo que também com 25 questões, usou fontes diferentes. Do concurso para a Eletronorte, realizado em 3 de setembro de 2006, foram utilizadas 7 questões. Outras 8 vieram do concurso da Celesc, de 13 de junho de 2004, também organizado pela Fepese. E mais 4 são iguais a outra, feita para a Universidade Federal de Pernambuco, também em 2006.
A legislação não obriga que as questões sejam inéditas, mas tanto a proposta da Fundação feita à Assembleia quanto o contrato com os professores integrantes da banca previam a formulação de questões novas.