Servidores da Saúde de todo o Estado entraram em greve por tempo indeterminado, por volta das 7h desta terça-feira, conforme deliberado em assembleia no dia 21 de outubro. As atividades foram paralisadas em 14 unidades de Santa Catarina.
A categoria representa cerca de 14,5 mil trabalhadores, que reivindicam reajuste salarial de 16,76%, aumento do vale alimentação e revisão dos casos de insalubridade.
Na Grande Florianópolis, os servidores mobilizam-se em frente aos hospitais. O comando de greve deve se reunir às 17h para planejar as ações durante a paralisação.
De acordo com a presidente do SindSaúde, Edileuza Garcia Fortuna, estão suspensos os atendimentos ambulatoriais, cirurgias e exames eletivos — cerca de 80% da demanda — e serão feitos atendimentos apenas aos pacientes internados e casos de emergências.
No Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon) está garantido o serviço de urgência e, no Hemosc, o estoque de sangue. Nas maternidades, será feito o atendimento a pacientes em trabalho de parto e partos prematuros.
De acordo com a secretária de Saúde em exercício, Carmem Zanotto, foram realizadas até o dia 21 de outubro cinco reuniões entre a secretaria e representantes do SindSaúde.
A Secretaria concordou com o percentual de 16,76% pedido pelos servidores, mas o pagamento seria em forma de abono (não incorporado ao salário), com a primeira parcela paga em janeiro de 2010 e a segunda em agosto.
Carmem Zanotto também explicou que o vale-alimentação é padrão para todas as secretarias de saúde de Estado e varia de R$ 127,38 a R$ 435,37.
Sobre a reivindicação dos servidores, Carmem Zanotto concorda que a proposta da Secretaria ainda não é a ideal, mas o órgão precisa cumprir com todos os compromissos:
— Sabemos que não é o ideal, mas precisamos também garantir os repasses mensais aos municípios e a aquisição dos medicamentos, insumos e equipamentos. Não podemos prometer o que não teremos condições de cumprir — finaliza.