Onde o Besc vai sumir

A lista com as 68 agências do Besc que serão fechadas no Estado foi divulgada pelo Banco do Brasil. A determinação é de que essas unidades sejam integradas à agência local do BB, com a absorção total do quadro de pessoal. Ontem, o clima foi tenso entre funcionários de agências que poderiam fazer parte da lista.

Hoje, a reunião do BB com o Sindicato dos Bancários promete esquentar o assunto. Os sindicalistas anteciparam que vão buscar apoio com as prefeituras dos municípios atingidos para realizar mobilizações pela permanência das agências.

O superintendente estadual do BB José Carlos Reis da Silva, explicou que os equipamentos das unidades do BB são mais modernos, por isso as agências do Besc é que serão fechadas e integradas.

– Também há a questão do padrão visual, que queremos manter.

Silva reiterou que não haverá demissões nem transferências compulsórias. E destacou que, embora ainda não tenha o desenho de como ficarão as agências integradas, será oferecida a todos os funcionários, tanto aqueles que optaram pela carreira no Besc quanto no BB, a oportunidade de realocação.

– Num primeiro momento, todos serão absorvidos nas agências integradoras do BB, mas depois faremos um remanejamento. Vamos oferecer oportunidades em agências novas em SC e até mesmo fora do Estado. Mas a transferência só será efetuada com a concordância do colaborador – garantiu ele.

O superintendente disse que alguns funcionários poderão concorrer a cargos superiores, porque promoções estão previstas no programa de reestruturação. Para ele, a acomodação será natural, ao longo do tempo, em função das aposentadorias, promoções e transferências.

Marca do Besc será levada à agência BB

A marca Besc será levada às agências do BB nos municípios onde o banco catarinense deixar de existir fisicamente, assegurou Silva.

– Temos o compromisso assinado em contrato de que a marca deve permanecer, no mínimo, por cinco anos. Depois disso, o BB fará uma pesquisa para ver se leva o nome Besc adiante. Os catarinenses têm muito apreço pela marca.

Historicamente, os bancos estaduais privatizados ou federalizados no Brasil perderam suas marcas (Banespa, Banestado, Banerj). Segundo o professor da Faculdades Integradas Rio Branco Douglas Renato Pinheiro, especializado em fusões, geralmente essas marcas não resistem.

– Elas duram, no máximo, quatro, cinco anos. A marca do Unibanco, por exemplo, deixará de existir no ano que vem. Essa é uma tendência natural de mercado.