O ministro da Educação, Fernando Haddad, descartou nesta terça-feira o atraso no início das aulas do primeiro semestre de 2010 devido ao adiamento da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O exame, adiado após o conteúdo das questões vazar, foi remarcado para os dias 5 e 6 de dezembro.
“Vamos acomodar o cronograma e fazer com que os resultados sejam publicados sem prejuízo. Suponho que não será necessário adiar data de início de aula”, disse.
Haddad disse que já entrou em contato com as universidades de Juiz de Fora, Santa Catarina e a Universidade de Brasília, instituições cujas datas de vestibular coincidem com os dias do novo Enem. Segundo o ministro, três reitores já aceitaram mudar as datas de seus exames. O ministério entrará em contato com as demais universidades cujo vestibular terá choque de datas com o Enem.
Reformulado neste ano, o exame será a única forma de seleção em parte das 55 universidades federais. A prova é usada por federais também para substituir a primeira fase do vestibular, para compor a nota e nas vagas que sobrarem.
Segurança
Uma força-tarefa vai atuar na aplicação do novo Enem. Polícia Federal e Correios entrarão na segurança e logística do processo e as empresas Cespe e Cesgranrio foram contratadas emergencialmente para realização da prova.
Haddad se reuniu nesta terça com equipe do Ministério da Justiça para apresentar em linhas gerais o plano de aplicação da prova. A Polícia Federal acompanhará todo o processo do exame, desde a saída do cofre do Inep até a distribuição. A PF já designou pessoas para fazer o mapeamento das etapas mais frágeis do processo.
Os Correios atuarão nos moldes de uma operação especial, semelhante ao executando na distribuição de urnas das eleições. Os detalhes da logística não foram divulgados para garantir a segurança do exame.
Segundo o ministro, o Exército colocou-se à disposição. “O Enem é um ícone, um símbolo nacional, de importância estratégica. O desafio do estado brasileiro é garantir que esse ícone seja reconhecido como tal, respeitável e seguro”, afirmou.