O Ministério da Educação (MEC) reprovou 36,3% dos 4.819 cursos de ensino superior avaliados no Enade, o exame nacional de desempenho dos estudantes realizado no ano passado. Ao todo, 1.752 cursos das 30 áreas submetidas ao Enade tiraram as notas 1 e 2, as mais baixas da avaliação. Somente 6% dos cursos receberam a nota 5, a maior do Enade.
(Veja todas as notas das universidades)
O MEC também divulgou o Conceito Preliminar de Curso (CPC), que considera, além da nota do Enade, fatores como o número de professores doutores e mestres, a infraestrutura e o projeto pedagógico do curso. Com base nesse indicativo, as públicas demonstraram ter mais qualidade que as instituições privadas. Enquanto 23,26% das públicas tiraram desempenho muito bom ou excelente (notas 4 e 5), somente 6,8% das privadas conseguiram o mesmo resultado.
A diferença entre o Enade e o CPC é que o primeiro foca no desempenho do aluno e o segundo mede também quanto o curso contribuiu para ampliar os conhecimentos que o aluno já tinha antes de entrar para a instituição e ajudar na formação de um bom profissional.
– São dois indicadores de qualidade distintos. O foco principal do CPC é verificar a qualidade do aluno egresso e da contribuição do curso para sua formação – explicou Reynaldo Fernandes, diretor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Na avaliação do MEC, as universidades apresentaram o melhor resultado: 19,4% tiveram conceito CPC 4 e 5, seguidas de perto pelos Centros Federais de Educação Tecnológica, com 19,2% das notas mais altas.
(Veja as melhores e as piores escolas submetidas ao exame do Enade)