A Justiça marcou para o dia 20 deste mês o julgamento da Operação Moeda Verde. Deflagrada pela Polícia Federal no dia 3 de maio de 2007, a investigação levou políticos, empresários e servidores do alto escalão de órgãos públicos da Capital para a cadeia por suspeita de integrarem suposto esquema de venda de licenças ambientais. Todos eles foram soltos.
O relatório da delegada Julia Vergara, que coordenou a operação, indiciou 54 pessoas, incluindo o prefeito da Capital, Dário Berger. Por causa do cargo, ele tem direito a foro privilegiado, e o caso foi transferido para o 4º Tribunal Regional Federal (TRF4), em Porto Alegre. No próximo dia 20, os seis desembargadores da 4ª Seção Criminal decidirão se o processo volta para Santa Catarina, segue em Porto Alegre ou continua tramitando nas duas instâncias.
O julgamento deve ser fechado ao público porque serão lidos trechos de intercepatções telefônicas mantidos sob segredo de Justiça. O relator será o desembargador Luiz Fernando Wowk Penteado.
Ele deveria ter lido o voto no dia 3 de junho, data em que estava prevista a apreciação da Moeda Verde pela 8ª Câmara Criminal. No entanto, um entendimento jurídico transferiu a decisão para a 4ª Seção Criminal.
Em dezembro de 2008, parecer do Ministério Público Federal defendia que parte do processo ficasse com a Vara Federal Ambiental de Florianópolis, e o restante fosse encaminhado para o Tribunal de Justiça de SC.