Os catarinenses pagarão mais caro pela energia elétrica a partir de sexta-feira. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ontem o reajuste médio de 6,96% das contas de luz da Celesc Distribuição.
Os efeitos da nova tarifa serão percebidos nas faturas recebidas a partir de setembro pelos consumidores. Segundo a Celesc, contribuíram para a alta principalmente os custos com a compra de energia de Itaipu, que é adquirida em dólar, e os subsídios às cooperativas de energia.
Os consumidores de baixa tensão, especialmente residências, terão reajuste de 6,92%, e os de alta tensão, que são as indústrias, aumento de 6,99%. O presidente da estatal catarinense, Sérgio Alves, lembrou que o reajuste ficou abaixo do solicitado pela Celesc, que esperava uma variação entre 12% a 14%, a exemplo de outras companhias distribuidoras.
Agosto é o mês tradicional para revisão da tarifa da energia elétrica. No ano passado, não houve aumento na conta da Celesc. Neste ano, a alta passa a inflação oficial dos últimos 12 meses – o IPCA acumulado do período está em 4,8%.
A Associação das Donas de Casas e Consumidores (Adocon) recebeu com muita indignação a notícia do aumento de quase 7% na fatura de energia elétrica.
– É muita tristeza um reajuste deste em um momento em que ainda sofremos as consequências da crise mundial, com desemprego e renda menor – afirmou a presidente da entidade em Tubarão, Reneuza Borba.
Associação dá dicas para economizar
Segundo Reneuza, como se trata de um serviço essencial, todos os consumidores são prejudicados pelo aumento da energia elétrica.
– Orientamos as donas de casa que mobilizem a família para conscientizar a todos que é preciso reduzir o consumo e restringir os gastos com energia. Desligar a televisão quando não está assistindo, apagar as luzes quando não está no ambiente, reduzir o tempo no banho e desligar o piloto do controle remoto, que é um conforto que custa caro, são algumas dicas que baixam a conta de luz – ensinou.