1. Feriu nossa autonomia sindical, rejeitando decisões da base, tal como a mudança do Regimento da Associação dos Professores Universitários da Bahia (Apub), em 2006. A Andes diz que não homologa nosso Estatuto / Regimento sob pretexto de que a Apub, multi-institucional, estaria fora da estrutura da Andes.
Na verdade, nossos adversários na Apub se opuseram foi à inclusão de outros instrumentos de consulta e deliberação da categoria. Todos se lembram como os “andinos” se opuseram à realização do plebiscito.
Acontece que o antigo Regimento da APUB já previa a representação dos professores da UFBA (Capital e Interior) e do IF-BA (antigo Centec e Cefet)d+
2. Feriu mais uma vez nossa autonomia sindical quando tentou implantar uma nova associação docente na UFRB, mesmo tendo a maioria dos professores daquela instituição decidido se manter ainda filiados à APUB.
3. Em nível nacional, desfiliou-se da CUT e filiou-se ao Conlutas sem promover o debate necessário e consultar amplamente a categoria. Resultado: associações docentes, como a Apub, mantiveram sua filiação à Central.
Várias ADs contaram com o apoio da CUT e agora contam na luta pela Campanha Salarial, Reestruturação e valorização da Carreira Docente.
4. Também sem promover o debate necessário e sem ouvir a base, decidiu REJEITAR o sistema de implantação de cotas para estudantes de escolas públicas nas IFEsd+
5. Não deu e NÃO DÁ APOIO necessário à criação de novas universidades federais. No caso da Bahia, a Diretoria Regional Nordeste III da Andes e a Diretoria da Apub, na época presidida pelo prof. Antonio Câmara, não promoveram NENHUM ato, manifesto ou debate em prol da criação da UFRB. Os professores que participaram ativamente desse processo conhecem bem a omissão da Andes nesta conquistad+
6. Não conseguindo apoio dos professores em sua base, resolveu em nível nacional apoiar grupos estudantis para combater a implantação do Reuni, tal como aconteceu na Bahia. Em alguns estados essa atitude foi tão desastrosa que levou à desfiliação em massa de algumas seções sindicais que seguiram a direção política da Andes. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, por exemplo, mais de uma centena de professores pediram sua desfiliação junto à ADUFRJd+
7. Implodiu o Fórum Nacional de Educação cuja decisão necessitava consenso total, ao não aceitar a proposta de todas as outras entidades nacionais ligadas à educação de DISCUTIR a Reforma Universitária.
Resultado: o projeto da reforma que já era ruim, ficou ainda pior com a ausência do Fórum. Para os professores do setor privado, a ausência de qualquer controle dos “empresários” do ensino provocou prejuízos imensuráveisd+
8. Nesta mesma direção, é contra qualquer discussão sobre a explicitação de Autonomia Universitária, em artigo sintético da Constituição, mesmo com tantas leis e portarias que ferem e limitam esta autonomiad+
9. Por fim, a Andes vem deixando de representar sua base ao utilizar a máquina sindical exclusivamente para combater governos e não buscar melhorias salariais e de condições de trabalho dos docentes das IFES.
Por tudo isso, estamos hoje em um forte movimento nacional, articulado a várias outras associações docentes (Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Carlos/SP e, mais recentemente, Santa Catarina), propondo: “Um sindicalismo de luta, propositivo, atento à nova realidade da expansão da educação superior brasileira e eficaz na defesa dos interesses dos professores, nossa prioridade e razão principal de nossa existência”.
APUB Sindicato
Nossa Luta, Nossa História!
Claudia Miranda (Faced/UFBA)
Joviniano Neto (FFCH/UFBA)