Os trabalhadores da UFSC reunidos em assembléia geral,segunda-feira, 8 de junho, aprovaram realização de ato urgente, com acampamento, nesta terça, dia 9, a partir das 9 horas, na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, em defesa do serviço público e contra o projeto de Fundação Estatal de Direito Privado – PL 092. Decidiram também aprovar caravana a Brasília dia 17 de junho, com paralisação na UFSC nessa mesma data. A paralisação de 24 horas e a caravana são para pressionar a retirada do PL 092 do Congresso Nacional e exigir que os parlamentares se manifestem contra esse projeto, que é um desastre para todo o serviço público e, de imediato, uma ameaça para os Hospitais Universitários.
Na assembléia os trabalhadores também discutiram longamente a luta pela oficialização da jornada de 6 horas na UFSC, bem como a proposta da reitoria de criação de um grupo de trabalho para estudar a viabilidade da referida jornada na universidade. Os trabalhadores entenderam que a proposta, assim como está formalizada, em memorando de número 038 do dia 27 de maio de 2009, apresenta vários problemas. Entre outros problemas, um deles é o de não garantir paridade para os técnicos-administrativos na composição do grupo de trabalho proposto. Nesse sentido, os trabalhadores decidiram rejeitar a proposta, nos moldes como foi apresentada pela reitoria. Aprovaram que seja encaminhado pelo sindicato um oficio ao reitor, solicitando que Álvaro Prata responda se efetivamente concorda, do ponto de vista legal, que é possível oficializar a jornada de 30 horas na universidade. Solicitam também que o reitor responda se ao tratar da questão das 6 horas, assume o compromisso de que a referida jornada seja oficializada de forma isonômica para toda a UFSC. Só após receber esta resposta do reitor Álvaro Prata, entendem os trabalhadores, que poderão continuar a contribuir, de forma decisiva, para o estabelecimento de medidas que permitam a oficialização real da jornada de 30 horas na UFSC.
Também foi decidido que na resposta ao reitor seja solicitado que a administração da UFSC encaminhe ao sindicato o relatório do dimensionamento do quadro de trabalhadores, mesmo se os dados ainda forem parciais.
Com o propósito de ampliar a luta pelas 6 horas no âmbito de toda a comunidade universitária, os trabalhadores também decidiram solicitar que o Diretório Central dos Estudantes – DCE e a Associação dos Professores da UFSC – APUFSC manifestem sua posição sobre a luta dos técnicos-administrativos relativa a jornada de 30 horas, em turnos ininterruptos de 6 horas, para ampliar o atendimento à população.
Outra decisão tomada na assembléia é a exigência de que a administração da UFSC apresente aos trabalhadores a proposta de avaliação de desempenho, que esta para ser encaminhada ao Conselho Universitário – Cun, com o total desconhecimento da categoria sobre o teor de tal proposta.
Inscrições para a caravana
A assembléia decidiu, em caráter excepcional, dada a urgência de fortalecer a luta contra o Projeto de Fundação Estatal de Direito Privado, que as inscrições para a caravana podem ser feitas na Secretaria do SINTUFSC até quarta-feira, dia 10, até as 16 horas.