O pacote de medidas anunciado nesta quinta-feira pelo Ministério da Educação (MEC) foi visto com bons olhos por especialistas em educação. Entretanto, os educadores ressaltam que é preciso aplicar critérios de qualidade para que o objetivo final – a melhoria da educação – seja atingido.
A professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Maria Marcia Sigrist Malavazi assinala que é imprescindível que o curso de formação de professores tenha um bom nível de qualidade.
Para a coordenadora pedagógica da fundação Victor Civita, Regina Scarpa, ialista se as faculdades não estiverem preparadas para ensinar aqueles que vão ensinar, “é a mesma coisa que secar gelo”.
Entre as propostas do MEC está a de alterar os currículos dos cursos de pedagogia. O ministério quer publicar um novo instrumento de autorização dos cursos com uma exigência maior de carga horária voltada à formação de professores.
Para a presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a iniciativa do MEC “é corajosa e bastante audaciosa” porque garante o direito de ir e vir de alunos e professores.
– Este pacote permite que o aluno que estude no Ceará tenha o mesmo nível no Rio Grande do Sul. Assim, tanto os estudantes poderão ir e vir em todo o país sem ter prejuízo em sua educação como será mais fácil para os professores arrumarem emprego em qualquer lugar do Brasil – diz a professora se referindo à proposta de criação de um concurso nacional para docentes.