O Ministério da Educação quer contratar este ano, em caráter emergencial, cerca de 6 mil médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para os 46 hospitais universitários.
O MEC só aguarda autorização do Ministério do Planejamento. O custo adicional é estimado em R$ 300 milhões por ano.
O aumento dos repasses para os hospitais será uma das principais reivindicações que os reitores das universidades federais levarão ao presidente Lula, em reunião dia 28. Hoje, os hospitais consomem cerca de R$ 5 bilhões ao ano, dos quais 69% são custeados pelo MEC e o restante, pelo Ministério da Saúde.
— Queremos repactuar isso com o Ministério da Saúde — disse o ministro Fernando Haddad, ao discutir com reitores a agenda do encontro com Lula.
A contratação emergencial dos profissionais de saúde será detalhada hoje pela MEC, em reunião na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (Andifes). O diretor-geral de Hospitais e Residências em Saúde do ministério, José Rubens Rebelatto, disse que parte dos contratados vai substituir funcionários terceirizados. Pesquisa do MEC indicou a existência de cerca de 20 mil terceirizados nos hospitais universitários, contrariando ordem do Tribunal de Contas da União (TCU).
— Temos que contratar esses emergenciais até que se decida o que será feito em relação aos terceirizados. Vai depender da negociação e da decisão política — disse Rebelatto.
Haddad: prova mais fácil do Pisa é “ajuste na escala”
Ao comentar a inclusão de questões mais fáceis na prova do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), exame da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Haddad negou que o novo formato garanta notas mais altas a países como o Brasil, geralmente um dos últimos colocados no ranking. O Pisa 2009 será aplicado em 72 países.
O objetivo das questões mais fáceis é diferenciar o desempenho de alunos fracos em relação aos muito fracos.
— A partir do momento que novos países entram, eles têm que ajustar a escala. Mas não muda em nada a pontuação.