O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, descartou hoje (30) qualquer discussão no momento para reduzir o corte no Orçamento da União por causa da queda no resultado do superávit primário do governo. Segundo ele, o patamar definido de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) permitirá ao governo cumprir suas obrigações até o final do ano. Hoje, o Banco Central anunciou o pior superávit primário trimestral desde 2004.
“Se for pouquinho, vai resolvendo. Ou, então, se tiver despesa grande, vamos ter que discutir como é que faz, onde vai ter que cortar. Agora, do jeito que está, estamos planejado até o final do ano.”
O ministro rebateu às críticas sobre a elevação de gastos do governo. Paulo Bernardo lembrou que, diante da crise, o país tem uma situação bastante controlada e tranqüila, enquanto outros países estão fazendo gastos “quase que estratosféricos”.
“Se você pegar a projeção de déficit dos Estados Unidos, está batendo perto de 13% do PIB e aqui não estamos fazendo estatização de banco e não temos nenhuma necessidade de cobrir rombos com dinheiro público.”
O ministro disse ainda que o governo tem feito é atender despesas fundamentais para manter o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os programas sociais e os programas habitacionais, como o Minha Casa , Minha Vida.
O ministro disse ainda que o governo Lula teve os maiores superávits da história do país. “Estamos tranquilos nesse aspecto, porque o governo é austero e faz a sua parte”, enfatizou.
Para o ministro, há um debate ideológico das pessoas que querem criar alguma discussão sobre o tema, mas ele considerou isso como parte da democracia.