Reitores de algumas federais dizem que a seleção de alunos apenas pelo Enem poderá criar distorções, como a migração de estudantes de grande centros para regiões mais pobres.
O novo Enem permite que os estudantes concorram em até cinco universidades.
Na inscrição, o aluno terá que ordenar suas preferências. Quem colocou um curso como primeira opção terá prioridade, mesmo que a sua nota tenha sido menor, sobre outro que escolheu o mesmo curso como segunda opção e não foi selecionado na primeira escolha.
Apesar disso, os reitores dizem que a migração de estudantes pode reduzir o número de alunos locais nos cursos mais concorridos.
Eles dizem que alunos que ingressam em instituições particulares do Sul e do Sudeste terão mais facilidade em obter uma vaga em federais do Norte e do Nordeste.
“Provavelmente esses jovens retornarão, após graduarem-se, aos seus Estados de origem, comprometendo o desenvolvimento econômico e social das regiões mais carentes”, diz o reitor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Ronaldo Tadeu Pena.
Opinião divergente
A mobilidade dos estudantes é elogiada pelo presidente do Inep, Reynaldo Fernandes. “Qualquer boa universidade procura bons alunos.”
Antonio Osório, doutor em educação pela federal do Mato Grosso do Sul, diz que o aluno não pode ser impedido de estudar em outras universidades que não as de seu Estado.