Na tarde desta quinta-feira, dia 16, a Apufsc promoveu o ato de desagravo aos professores Henrique Finco e Fábio Lopes, processados pelo pró-reitor de Desenvolvimento Humano e Social, Luiz Henrique Silva Vieira.
Cerca de 100 pessoas participaram da manifestação, que contou ainda com a presença de representantes do Sintufsc, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Associação dos Docentes do Ensino Superior de Santa Catarina (Adessc), do Movimento Unificado Contra as Privatizações (Mucap), do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina (Sinjusc) do gabinete do deputado estadual Sargento Amauri Soares e do Diretório Central dos Estudantes.
A Apufsc convidou com antecedência o pró-reitor para participar do evento. Durante o ato, a entidade abriu espaço para que o pró-reitor ou um representante seu para explicar sua posição e prestar os esclarecimentos que considerasse importantes. Luiz Henrique, no entanto, não compareceu, não enviou representante e tampouco justificou a ausência.
O ritual definido pela diretoria da Apufsc para a realização do ato, enviado por e-mail e publicado no site da entidade, deixa claro que “não está em discussão, aqui, o conteúdo das manifestações dos professores. Esta manifestação da Apufsc visa, tão somente, a defesa dos dois professores em razão do ato de força do pró-reitor contra a fragilidade individualizada dos dois professores por professarem, publicamente, as suas opiniões”.
Para a Apufsc, a questão central que justifica o ato de desagravo é o abuso de autoridade decorrente do fato de um pró-reitor processar colegas por artigos de opinião, algo sem precedentes na UFSC.
Além da manifestação de apoio dos representantes das entidades presentes, foi lida uma carta do professor Fábio Lopes, que não pode comparecer por estar fazendo pós-doutorado no Rio de Janeiro. Em seguida, o professor Henrique Finco se pronunciou e o ato foi finalizado com a leitura da carta de desagravo (leia abaixo) pelo presidente da Apufsc, Armando Lisboa.
Depois do término do ato, um grupo de professores protocolou a carta na Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social e em seguida entregou o documento nas mãos do reitor Álvaro Prata.