Os servidores públicos municipais da Capital fazem hoje, a partir das 14h, no Clube 12, uma assembleia para discutir a proposta apresentada ontem pelo secretário de Administração, Constâncio Maciel.
A proposta transforma o reajuste em abono: o acréscimo na folha será de R$ 150 para todos os servidores a partir do mês de maio, quando há o vencimento da data-base. A continuidade da greve, iniciada na quinta-feira, também será discutida.
Segundo Márcio Bittencourt, presidente do sindicato da categoria, houve avanço nas negociações:
– Pela primeira vez apareceu uma proposta concreta no campo salarial.
A questão mais ressaltada pelo movimento é a revogação da lei que trata do fundo previdenciário dos servidores. Segundo o sindicato, a lei não foi discutida com a categoria e a aprovação ocorreu em fevereiro, quando boa parte dos servidores estava em férias.
Os servidores querem ainda um plano de cargos e salários. O reajuste no auxílio alimentação, de R$ 11 por dia trabalhado para R$ 13, é outro ponto reivindicado.
O sindicato divulgou que cerca de 3 mil funcionários participam do movimento grevista, que inclui trabalhadores da educação e saúde, entre outros setores.
Ontem, a categoria voltou a se manifestar. De acordo com o comando, cerca de mil pessoas participaram do ato que começou por volta da 15h30min no Largo da Catedral e seguiu em direção à sede administrativa da prefeitura. Hoje, a partir das 10h, eles fazem uma panfletagem no Centro.
Na vizinha São José, os médicos em greve realizam ao meio-dia de hoje, na Escola de Formação e Saúde, uma assembleia para avaliar a proposta encaminhada ontem pelos secretários de Saúde e Administração do município. Mas a possibilidade de rejeição é grande, adianta o pediatra João Batista Berto.
A questão principal é que a prefeitura acena com um complemento que se refere à função gratificada. Como os profissionais não exercem cargo de chefia, existe o temor de que a Justiça considere o recebimento ilegal.