Fiscais do Ministério do Trabalho resgataram 280 trabalhadores em condições consideradas análogas à escravidão em fazenda de produção de biodiesel no Tocantins. Segundo eles, não havia condição adequada de alimentação e alojamento nem equipamentos de proteção.
O resgate é o maior do ano e é quase o dobro dos trabalhadores resgatados nos dois primeiros meses (149). A ação ocorreu em Caseara na semana passada e só foi divulgada ontem. A fazenda é da empresa Saudibras. Segundo o ministério, dos 280, 153 trabalhadores não tinham carteira assinada. Os donos devem responder a ação civil pública.
A Saudibras nega que houvesse trabalho análogo à escravidão e contesta o uso do termo “resgate” na operação. Também afirma que a propriedade foi vistoriada e nenhuma irregularidade foi encontrada.
Segundo o advogado Ari José Santana, a comida tinha qualidade e os alojamentos eram de alvenaria. Ele diz que os trabalhadores não tinham carteira assinada porque haviam sido contratados dias antes, o que é permitido pela lei.