A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) está organizando com os professores de todo o Brasil, uma greve nacional para que o novo piso nacional dos professores seja realmente implantado. Segundo o presidente da entidade, Roberto Franklin Leão, a paralisação pode ocorrer entre abril e maio deste ano. O piso foi aprovado pelo Congresso Nacional e já deveria estar em vigor deste o dia primeiro de janeiro deste ano. Os professores de todo o país deveriam receber o mínimo de R$ 950.
O pagamento do piso está sendo ignorado pela maioria dos municípios e estados e encontra maior resistência principalmente em Rondônia, Rio Grande do Sul, Tocantins e Goiás. Roberto Franklin afirma que os estados resistem alegando que o piso acarretaria um custo adicional nos orçamentos.
“A lei foi discutida amplamente pelo Congresso Nacional, foi aprovada pelas duas casas, e por todos os partidos. Então não há nada de inconstitucional ou agressão a pacto federativo. E todos os estudos provam que é possível os estados e municípios pagarem o valor do piso, inclusive com a jornada ali proposta que é de 40 horas-aula por semana.”
O piso nacional é uma reivindicação histórica da CNTE, que o considera um instrumento de valorização profissional e de correção de distorções salariais entre os educadores de todo o país.