Os 2,8 mil delegados das 500 entidades e 175 sindicatos que participaram do 1º Congresso da Conlutas aprovaram por unanimidade, na plenária de encerramento, no dia 6 de julho, em Betim (MG), uma moção de apoio ao Andes-SN, que teve seu registro sindical suspenso em um claro ataque do governo federal à autonomia e liberdade de organização sindical (leia aqui).
Na abertura do evento (3/7), o presidente do Andes-SN, Ciro Correia, conclamou os presentes a protagonizarem uma ampla campanha em defesa da liberdade sindical. “O Andes-SN tem sido vítima de perseguições políticas que podem atingir outros sindicatos combativos que não se rendem as pressões do governo. Por isso, a luta em defesa do direito de livre organização deve ser de todas as entidades comprometidas com a causa dos trabalhadores”, afirmou.
Ciro Correia iniciou sua fala resgatando que, ao longo dos seus quase 30 anos de existência, o Andes–SN sempre lutou em defesa de uma universidade pública voltada para inclusão social, e não para atender aos interesses da elite. Lembrou também que a entidade sempre foi contrária ao imposto sindical, a todas as formas de subordinação dos sindicatos ao Estado e a qualquer mecanismo de financiamento que atrele essas entidades ao poder público, impedindo-as de exercer plenamente sua liberdade e autonomia de organização e de atuação política. Segundo ele, é justamente em função desta luta que o Sindicato Nacional se tornou alvo dos ataques sucessivos dos governos.