O Andes-SN e a Fasubra Sindical defenderam uma política pública que garanta 100% de financiamento público dos hospitais universitários, para que essas instituições não tenham que recorrer à venda de serviços, contratos e convênios com o setor privado/empresarial. A defesa foi feita em audiência realizada no dia 26 de junho, na Câmara dos Deputados.
Os representantes das entidades sindicais também destacaram a importância da abertura imediata de concursos públicos e denunciaram os contratos de gestão como mecanismos indutores de processos de produção que, na maioria das vezes, distorcem a autonomia didática que orienta a definição do projeto político-pedagógico dessas unidades de ensino. Ressaltaram, ainda, o aspecto nefasto da transformação dos HU em fundações estatais de direito privado e registraram a falta de oportunidade para aprofundar seus posicionamentos.
A audiência foi realizada pela Comissão de Seguridade Social e Família, para debater assuntos relacionados sobre as situações dos Hospitais Universitários, e foi requerida pela deputada Solange Almeida (PMDB-RJ). A reunião teve a presença de vários deputados, reitores, diretores e administradores de hospitais. O Andes-SN apesar de estar com sua diretoria e militância em Palmas (TO), no 53º Conad, foi representado pelo diretor Fernando Molinos Pires Filho.
Os representantes do Ministério da Saúde e da Educação apresentaram políticas governamentais que estão sendo implementadas e expôs também a estratégia de organização e financiamento, destacando as linhas prioritárias do programa de reestruturação dos hospitais universitários de ensino. Ressaltaram a importância das prioridades de que se ocupa o Ministério de Saúde, entre elas a aprovação da lei adicional por plantõesd+ autorização para a abertura de concursos públicos, na medida em que os recursos SUS obtidos pelos HU vêm sendo aplicados na contratação de funcionários, que na maioria das vezes vêm sendo feitas de formas irregulares e flexibilizadas.
O presidente da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (Abrahue), Alair Benedito de Almeida, destacou a importância do papel que os Hues cumprem no campo da assistência, da formação e da produção de tecnologia para o desenvolvimento do país. Registrou que o aumento permanente de demanda de urgência/emergência é um problema, e que conseqüentemente isso dificulta atingir metas de alta complexidade, além de indicar a falta de regulamentação dos regimes de trabalho, o déficit de pessoal e questões relativas à gestão de pessoal, problemas esses que precisam ser enfrentados.