Entre-se no site www.pstu.org.br e, logo na primeira página, percebe-se a relação consangüínea entre PSTU e Conlutas.
Na realidade, o Conlutas é a tropa de choque do PSTU e, em assim sendo, é um movimento de esquerda revolucionária a serviço de um partido político e que, conseqüentemente, nada tem a ver com a vida e as questões da academia.
Portanto, filiar nosso sindicato de docentes (o Andes) ao Conlutas é um desvio de objetivo sindical e uma infâmia acadêmica.
Pior, filiar nosso sindicato ao Conlutas (o que, em termos práticos, significa filiá-lo ao PSTU), na calada da noite, sem audiência aos sindicalizados, é rasteira, é golpe, é traição, é totalitarismo sindical.
Gente que faz ou patrocina safadezas como estas, executadas dessa forma, não é honesta e, portanto, não é confiável.
Não merece respeito!
Ao filiar-se o Andes ao Conlutas, está-se partidarizando o sindicato, colocando-o numa posição subalterna e caudatária a um partido político.
Está-se colocando o sindicato numa posição politicamente sectária.
Seja comunista, seja socialista quem quiser, enquanto indivíduo.
As pessoas são livres para tal e esta liberdade é uma das belezas do Estado de Direito.
Como indivíduo, cada um pode se filiar ao que quiser, até mesmo a organizações terroristas como MST e Via Campesina. (Organizações estas que vicejam, alias, sob a égide do Conlutas).
Mas o que não se pode, o que não é correto, o que não é honesto é aparelhar o sindicato para fazê-lo servir à ideologia sectária de alguns jurássicos, que ainda não se deram conta de que a União Soviética se espatifou, seu país símbolo, a Rússia, é hoje capitalista, os antigos satélites vão bem, obrigado, livres da ditadura comunista e a China é hoje apenas uma ditadura que adotou a economia de mercado.
Um sindicato assim partidarizado e aparelhado, torna-se ilegítimo e tende a esfacelar-se..
Um sindicato politicamente aparelhado e sectário deixa de ser sindicato: vira uma aberração conceitual.
Sindicato é para defender interesses de categoria frente ao empregador.
Só isto!
Não pode e não deve abraçar ideologias políticas de esquerda, de direita, de centro, de cima ou de baixo. A partidarização, ou sectarização, por óbvio, divide.
O aparelhamento ideológico destrói.
Sindicato, digno deste nome, há que passar ao largo de disputas partidárias, ideologias políticas e, principalmente, de aparelhamentos.
Colocar o sindicato a reboque de organizações políticas ou revolucionárias é uma brutal distorção de finalidade.
Usá-lo para fins partidários ou revolucionários é aparelhá-lo e terá, como conseqüência natural, seu enfraquecimento e morte.
Isto pode satisfazer os ímpetos revolucionários de alguns oportunistas, mas é letal para a organização sindical.
Afiliar o Andes ao Conlutas equivale a pô-lo a reboque do PSTU.
Isto é tão deletério quanto afiliar o sindicato a uma corrente ou seita religiosa.
Ambas as coisas seriam inimagináveis, fosse o sindicato administrado de forma competente e honesta.
Quando esta filiação representa, adicionalmente, financiar, com as contribuições sindicais, organizações políticas e terroristas, além da distorção de finalidade do sindicato, tem-se o desvio de finalidade das mesmas contribuições.
Este desvio de finalidade é crime (repito, é crime!) previsto em lei.
É isto que a administração passada do Andes fez: crime!
Diante deste quadro, quando se discute um novo regimento para a NOVA Apufsc, que se pretende seja um instrumento democrático para nos libertar das amarras de diretorias autocráticas e retrógradas como a que vivemos, a entrada em cena, de maneira quase angelicald+ -oferecendo um cesta de contribuições “democráticas”d+ – de quem presidiu os desvios representados pela filiação ao COLUTAS, enquanto presidente do Andes, causa-me repulsa.
Quanto farisaísmo! Que cara de pau!
Lembra alguns antigos serventuários da ditadura militar que, após a redemocratização, apresentaram-se e apresentam-se à nação como paladinos das liberdades e da democracia.
Estão entre estes, espécimes como Marco Maciel e Sir Ney, o dono da fazenda Maranhão.
Um vomitório!
Vade retro!
SOBRE CONLUTAS, MST E VIA CAMPESINA
Via Campesina é aquela organização que invadiu e destruiu um laboratório de pesquisas agrícolas da empresa Aracruz, no Rio Grande do Sul.
Vi e ouvi o desespero de uma pesquisadora ao se deparar com a destruição de sua pesquisa, que já durava vinte anos.
Em lágrimas dizia que destruíram seu projeto de vida, como pesquisadora.
Se isto não é ato terrorista, então não sei mais o que é terrorismo.
Na inquisição queimavam-se textos considerados heréticos, isto é, que contrariavam a verdade oficial da Igreja.
Fatos como este se repetiram no Stalinismo, no Nazismo, no Fascismo e (eu vi!) na ditadura militar brasileira.
Os regimes autocráticos destroem livros porque afrontam sua verdade inquestionável.
As organizações, ditas de esquerda revolucionária, destroem laboratórios e pesquisas, porque são contra os conhecimentos que dali podem brotar.
A todas estas intolerâncias cabe um rótulo único: obscurantismo!
A Via Campesina foi quem, em ataque surpresa, depredou as dependências do Congresso Nacional. Eu disse Congresso Nacional!
Se isto não é terrorismo, tenho que trocar de dicionário.
O MST é notório por invadir fazendas produtivas, afrontando as leis da república.
Isto é terrorismo, sim!
Uma das fazendas produtivas invadidas foi a do então Presidente da República, FHC.
Invadida a fazenda, arrombaram sua casa, e dilapidaram sua adega.
O lar é inviolável, diz a Constituição. Não para estes criminosos do MST.
O trem da Vale do Rio Doce já foi, neste ano, bloqueado por três vezes e impedido de carregar minério que trariam divisas ao País.
Isto é uma violência à ordem jurídica, praticada por esses bandidos do MST.
É agora me vêem dizer, pela lista dos professores, que o MST é uma organização respeitada em todo o mundo.
Ora, de que mundo se está falando?
Certamente não o mundo civilizado, onde impera o Estado de Direito.
Não me surpreenderia se ouvisse o trêfego Chávez dizer que MST e Via Campesina são organizações bolivarianas respeitáveis.
Dele já ouvi pior.
Não me surpreenderia se a mesma estupidez fosse proferida por um dos seus protegidos presidentes bolivarianos , ou mesmo pela voz do além de Fidel Castro.
Mas não consigo imaginar, em povos com tradição democrática sólida, uma manifestação de respeito a estas duas organizações terroristas.
Pois bem, MST e Via Campesina são organizações abraçadas pelo Conlutas.
Vejam ao lado de quem nos puseram, nós, docentes, que em sua esmagadora maioria somos gente de bem.
Puseram-nos, sem nos consultar, na mesma gaveta desses marginais terroristas.
E repassam para o Conlutas (vale dizer aos terroristas) parte de nossas contribuições sindicais.
Na calada da noite, sem nos consultarem, transformaram-nos em financiadores do terrorismo.
Você, professora e professor, consegue imaginar safadeza maior?
Pior, só mesmo a hipocrisia daquele que presidiu este golpe baixo e agora, posando de bom moço, nos oferece o receituário para uma Apufsc democrática.
Hic jacet lepus!