A diretoria da Apufsc se reuniu com o reitor Álvaro Prata na última quarta-feira, dia 21. Em pouco mais de uma hora de conversa, os representantes do sindicato puderam ouvir as primeiras impressões que o novo reitor teve nos dez dias em que está à frente da administração central – Prata foi empossado no dia 10 de maio para um mandato de quatro anos – e discutir três itens da pauta que levou à reunião: revisão de processos que criminalizam movimentos sociais dentro da universidade, participação da UFSC no Plano Diretor e Assédio Moral.
Álvaro Prata abriu a audiência afirmando que está disposto a dialogar com todos os segmentos da universidade e que é preciso resgatar o entusiasmo da comunidade acadêmica. No primeiro item da pauta, criminalização dos movimentos sociais na UFSC, o presidente da Apufsc, Armando Lisboa, fez um apelo ao bom senso e foi enfático ao solicitar ao novo reitor que revisse a posição da reitoria em processos de punição a pessoas da comunidade universitária.
Na seqüência, o secretário-geral do sindicato, Edgard Matiello Junior abordou o tema do assédio moral, citando a alta freqüência com que a Apufsc é procurada para tratar de casos de abuso de poder na estrutura da universidade. O quadro foi qualificado pelos representantes da Apufsc como grave na UFSC e identificado como causa de adoecimento, antecipação de aposentadoria e falta de entusiasmo para o trabalho – exatamente o que o novo reitor disse que pretende resgatar na UFSC.
Os diretores resaltaram que é necessário que os vários níveis hierárquicos da universidade (cursos, departamentos, centros, câmaras) e, principalmente, a reitora assumam suas responsabilidades e tenham uma atuação mais efetiva na apuração e resolução dos casos. Chamaram também a atenção para o fato de que são freqüentes as situações em que os responsáveis por preservar os trabalhadores do assédio moral são justamente os agentes do assédio – ou seja, os chefes.
No último ponto tratado, o vice-presidente da Apufsc, Lino Peres, afirmou que é preciso que a UFSC aumente a participação no processo de formulação do Plano Diretor de Florianópolis, lembrando que a natureza da instituição faz com que a universidade tenha que ser exemplar.
A audiência estava inicialmente marcada para a segunda-feira, dia 19, mas foi transferida para quarta por causa de um imprevisto na agenda do reitor. Álvaro Prata se comprometeu a marcar mais um encontro oficial com a Apufsc para tratar dos assuntos que não foram discutidos na primeira reunião. A pauta do sindicato tem outros cinco pontos: participação da UFSC no Reuni, interiorização da universidade, plano de saúde, nova sede e URP. A Apufsc foi representada pelos diretores Armando Lisboa, Lino Peres, Edgard Matiello Júnior, Irmgard Haas e Edmundo Vegini.