Há muito tempo se vem falando da necessidade dos professores terem um espaço mais amplo do que o atual da Apufsc, onde se concentra todas as demandas de seus associados (cerca de 3 mil) não atendidas pela administração da universidade.
As diversas diretorias, na tentativa de tornar mais funcional nossa atual sede do sindicato, promoveram várias reformas paliativas, uma vez que a área que ela ocupa, juntamente com todo o antigo Básico (CFM/ CCB), está prevista para ser demolida.
Sendo assim, as referidas reformas nunca atenderam plenamente, tanto aos profs., cujo espaço não comporta nem 5% de seus associados, quanto aos nossos funcionários pelas precárias condições de trabalho. Não podemos ignorar que os funcionários do nosso sindicato, remunerados com a nossa contribuição mensal, carecem também de condições satisfatórias para o exercício de suas funções.
Podemos enumerar vários itens que nos indicam a extrema necessidade hoje da construção de uma nova sede, tais como:
O “senadinho” (local de conversa, leitura de impressos, água, cafezinho, etc.) tem lugar apenas para 12 pessoas sentadas.
As duas salinhas do setor jurídico comportam apenas o atendimento de uma pessoa por vez, além de não haver espaço para colocação de cadeiras mais apropriadas (ergonômicas) para os advogados.
O espaço da secretaria não comporta divisórias, o que permitiria um atendimento mais individualizado. Além disso, o espaço se torna bastante estressante para os funcionários, pelo constante entra e sai , seja de professores ou não.
O espaço reservado à cozinha, se é que se pode chamar assim, pois nem a geladeira se pode abrir direito, é extremamente reduzido, cabendo no máximo duas pessoas em pé. Além disso, sempre que um funcionário esquenta algo no micro-ondas, o cheiro chega até a sala de reuniões.
A salinha da secretária executiva é tão exígua que não comporta mais nenhum arquivo, que faz muita faltad+ a secretária fica sujeita ao barulho geral, perturbando-a bastante, especialmente no fechamento de balancetes ao final de cada mês. Se tudo isso não bastasse, quando chove muito aparecem sempre goteiras, inclusive através da fiação elétrica, tornando o ambiente insalubre e perigoso, deteriorando-o.
Na sala da imprensa, se acotovelam dois jornalistas que não podem ter cadeiras mais confortáveis por total impossibilidade de espaço. Não comporta também, além deles, mais de uma pessoa para tratar de qualquer assunto com eles. Não cabe, muito menos, um arquivo, o que também faz muita falta.
A informática divide o exíguo espaço com a máquina impressora, sendo um local inapropriado para o trabalho do técnico responsável.
A sala de reuniões não comporta um conjunto maior de professores além da diretoria, ficando alguns, muitas vezes, em pé. Além disso, os móveis desta sala estão atacados por cupim. Não há espaço para colocação de um quadro grande para anotações.
A falta de um espaço para depósito de materiais não utilizáveis no dia-a-dia obrigou as diretorias a improvisar um armário no corredor do CFM. Além disso, se paga para guardar fora do âmbito da UFSC mesas, cadeiras, a tenda e o carro.
A Apufsc necessita de espaços adequados para organização e arquivamento de todo material histórico do Sindicato (documentos, fotografias, vídeos, periódicos, livros), o qual hoje está amontoado em condições precárias e se degradando.
O pesquisador que atualmente investiga nossa história, visando a produção de livro sobre a memória dos 33 anos da Apufsc, não dispõe de espaço físico adequado para este trabalho, ocupando uma sala onde estão os dois computadores de acesso aos sócios. Este trabalho também se defronta com algumas dificuldades, tais como falta de silêncio, pois fica numa área de passagem, e acesso às caixas dos arquivos que se encontram amontoadas por falta de espaço.
Estamos acostumados a esperar “anos a fio” que a universidade nos ofereça condições satisfatórias de trabalho. Muitas vezes essas condições só se viabilizam depois de muita pressão. No caso da Apufsc, o que será que está emperrando a construção da nova sede? Temos o dinheiro (pelo menos a maior parte), liberação da área pelo Etusc/reitor, projeto aprovado por comissão julgadora. O que falta?
Ou vamos esperar uma greve de nossos funcionários por melhores condições de trabalho?