Aconteceu o impossível. Ainda que exista uma decisão do poder judiciário do Trabalho, transitada em julgado desde 1990, num processo de correção monetária referente ao Plano Bresser, mais de 1800 professores da UFSC tiveram administrativamente cortados 26% dos seus salários, a partir de janeiro último.
Este é um corte injusto, baseado numa interpretação equivocada da burocracia jurídica e administrativa do governo da União. Esta situação começa a afetar profundamente a vida acadêmica de nossa Universidade, considerada uma das melhores do país, com reflexos negativos profundos na qualidade de ensino e pesquisa por ela produzidos.
Além do mais, esse corte salarial reflete-se também em prejuízo para a economia de nossa região. Espera-se que a UFSC não se transforme numa sociedade de poetas mortos, ou melhor, de professores mortos! Afinal, sempre lembrando que são eles os formadores da inteligência do país. Se a prioridade do governo é a Educação, eles deveriam ser reconhecidos por lei como servidores de Estado.
Será isso utopia? Valorizados e pagos dignamente pelo exercício dessa função de elevada relevância poderão todos eles, motivados, contribuir para a construção de um país melhor. Mas se políticas de governo não forem definidas nessa direção, é de se perguntar: Quem quer a morte de uma universidade pública como a UFSC?