O campus amanheceu com a quase totalidade da publicidade Nildo-Mauricio destroçada no dia seguinte à eleição, 14 de novembro. Não contentes com as placas derrubadas, puseram abaixo a barraca dos estudantes em frente ao Centro Sócio-Econômico, causando sérios estragos á mesma. Como a barraca era de empréstimo, a candidatura Nildo-Maurício deverá reclamar judicialmente as devidas indenizações.
Isso aconteceu durante a madrugada, mais exatamente entre 2 e 4 horas. Os vândalos esperaram que os últimos estudantes saíssem do campus para executar o trabalho. Pela quantidade de material destruído em vários pontos do campus, tudo indica que não foi apenas um grupo que atuou, mas vários. Portanto, trabalho planejado.
Grande parte da responsabilidade deste vandalismo, debito à candidatura Prata-Paraná, tendo em vista que o candidato da chapa oficial, no debate promovido pela Apufsc, estimulou este tipo de atitude ao denunciar a destruição de sua propaganda. O candidato Nildo, que poderia ter feito o mesmo – pois placas da chapa “Contigo é Possível” também haviam sido destruídas – preferiu não fazê-lo para não promover conflitos.
É profundamente lastimável que tudo isso ocorra em uma universidade pública. Victor Nunes Leal, em seu clássico “Coronelismo, enxada e voto” mostra como “o chefe local resvala muitas vezes para a zona confusa que medeia entre o legal e o ilícito, ou penetra em cheio no domínio da delinqüência, mas a solidariedade partidária passa sobre todos os pecados uma esponja regeneradora. A definitiva reabilitação virá com a vitória eleitoral porque, no seu critério, só há uma vergonha: perder”.
Com a palavra, os futuros administradores da UFSC para falar sobre o vandalismo. Não deixa de ser um bom começo para uma nova administração.