Na quinta-feira, dia 18, foi realizada a consulta sobre o indicativo de greve proposto pelo Setor das Federais do Andes-SN. O formato da votação havia sido aprovado pela Assembléia Geral realizada no dia 11 de setembro e detalhado depois por uma comissão designada para este fim.
Dessa forma, foi organizada uma Assembléia Geral com dois dias de duração. No primeiro – quarta-feira, dia 17 –, os professores se reuniram no auditório da Reitoria para debater temas como Reuni, Campanha Salarial e indicativo de greve. O evento contou com a participação de Tânia Batista de Lima, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, 2ª vice-presidente da Regional Nordeste I e integrante do GT de Política Educacional do Andes-SN, que fez uma exposição sobre o Reuni.
Depois de debater o programa de reestruturação das universidades federais proposto pelo governo federal, a Assembléia discutiu o andamento das negociações com o governo, as dificuldades de mobilização na UFSC e em nível nacional e aprovou um abaixo-assinado para ser enviado para o Ministério do Planejamento (veja matéria sobre o assunto). 80 professores assinaram a lista de presença da Assembléia.
No dia seguinte, quinta-feira, dia 18, foi realizado o processo de consulta aos professores sobre o indicativo de greve, com quatro urnas colocadas no hall da Reitoria durante todo o dia.
Inaugurou-se assim uma outra forma de participação dos professores nas decisões de crucial importância da Apufsc. A votação transcorreu das 9 horas da manhã às 8 horas da noite (outros colegas ainda chegaram depois de concluída a votação) e teve a significativa participação de 544 docentes (veja quadro). Outro detalhe que chamou a atenção foi o rodízio de muitos professores participando como mesários e cuidando das urnas. Isto não ocorria há muitos anos nos processos eleitorais da Apufsc.
Mais do que uma vitória dos que são contrários à greve neste momento, o resultado que realmente importa é o aumento da participação dos professores nos assuntos que são pertinentes à classe e ao nosso sindicato.
Juntamente com a reativação do Conselho de Representantes, a boa participação dos professores na consulta da última quinta-feira deve servir como marco e incentivo para o fortalecimento e para a retomada da luta coletiva dos docentes da UFSC em defesa de seus direitos e da universidade pública, gratuita e de qualidade.