Há tempos, nós estudantes da UFSC, vemos um processo crescente de sucateamento e privatização dos espaços da nossa universidade. O começo do segundo semestre foi o estopim desta situação: deparamo-nos com a biblioteca e o restaurante fechados, dificultando não só as aulas, mas também a própria permanência dos estudantes na universidade.
A falta de professores chega a ser escandalosa, fazendo com que alguns cursos, como o de Serviço Social, tenham até 12 turmas sem aulas! Isso sem contar a substituição generalizada de professores efetivos por contratados temporários, que não realizam pesquisa e extensão, colocando em xeque a qualidade do nosso ensino.
Durante muito tempo tentamos dialogar com o reitor sobre nossas reivindicações e só recebemos respostas vazias. A reitoria, além de não se propor a resolver os problemas, se recusa a admitir a precarização da universidade e afirma que a situação continua “normal”.
Para você, isso é normal?
Sabemos que a situação da UFSC não é diferente das outras universidades do país. No primeiro semestre deste ano, uma série de lutas e ocupações mostraram que a crise da educação é generalizada e só a mobilização é capaz de revertê-la. Governo e reitoria insistem em nos empurrar um projeto que não vamos aceitar: queremos qualidade de ensino e por isso exigimos:
1. Abertura imediata de concurso público para contração de professores e servidores efetivos com Dedicação Exclusiva.
2. Aplicação imediata da regulamentação da bolsa já aprovada no Conselho Universitário.
3. Aumento das bolsas para R$ 418,00.
4. RU noturno público, com administração e financiamento garantido por servidores.
5. Reabertura da terceira ala do RU.
6. Renovação dos materiais do RU, com acompanhamento da comunidade.
7. Ampliação da Moradia Estudantil para 10% dos estudantes matriculados na UFSC.
8. Auditoria pública com relação à Moradia Estudantil.
9. Defesa do HU 100% do SUS, ligado ao MEC.
10. Ampliação das verbas para compras de livros da BU.
11. Fortalecimento e criação de novas bibliotecas setoriais.
12. Que a reitoria se posicione contrária à entrada da PM no Campus Universitário.
13. Declaração de posição institucional contra o Reuni (decreto 6096 da Casa Civil).
14. Auditoria pública das Fundações na universidade.
15. Arquivamento dos processos administrativos e criminais relacionados aos estudantes que participaram da greve de 2005.
16. Convocação de um Conselho Universitário aberto para a discussão de nossas reivindicações.