Durante a segunda reunião para a negociação da pauta de reivindicações dos professores das universidades federais, realizada no final da tarde de quinta-feira, dia 23, o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, foi enfático ao reafirmar que o governo não dispõe de recursos para “qualquer tipo” de reajuste em 2007. Sem contrapropostas, o representante do governo marcou uma nova audiência para o dia 13 de setembro.
O presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo, solicitou ao secretário um esforço do ministério para apresentar, na próxima audiência, uma proposta que possa ser discutida e apreciada pelos docentes na base, a partir dos cálculos dos impactos da proposta do Sindicato Nacional.
CONSTRUÇÃO DA GREVE – Para Rizzo, “o discurso do secretário deixou claro que as negociações só serão efetivas com a ampliação da mobilização dos docentes. “O que nos parece é que o governo vai querer empurrar com a barriga até o final do ano. Por isso, temos que continuar o processo de construção da greve”, afirmou.
Duvanier Ferreira deixou claro que o governo resiste à incorporação das gratificações. Maria do Socorro Gomes, representante do MEC, que participa da negociação, disse que o dificultador da incorporação das gratificações o aumento das distorções existentes devido aos ganhos judiciais e ao recebimento de anuênios por parte da categoria. Rizzo argumentou que a proposta do sindicato é de que os ganhos judiciais sejam estendidos para todos os docentes, e não a retirada de direitos dos funcionários públicos.
CARREIRA ÚNICA – A carreira única também foi discutida na audiência. O secretário disse que o Ministério do Planejamento não é contrário à carreira única para os professores do ensino superior e de 1º e 2º grau, mas afirmou que a presença de professores de 1º e 2º grau dentro e fora das universidades dificulta a construção da carreira única. A proposta está sendo construída pelo Andes-SN e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional – Sinasefe.