A Apufsc vem a público manifestar-se sobre a deterioração das condições de funcionamento da UFSC, com a iminente impossibilidade de início do semestre 2007/02. Entendemos que este semestre letivo está comprometido e substancialmente prejudicado. Apesar da nota da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação, divulgada em 01/08, a situação não está normal, pelo contrário: agrava-se rapidamente a cada dia.
A irresponsável ausência de resposta do governo federal à pauta de reivindicações dos servidores técnico-administrativos, num processo de “empurrar com a barriga” as negociações, leva à corrosão da qualidade acadêmica, científica e administrativa da UFSC. Perguntamos: como é possível estudar e pesquisar sem Biblioteca Universitária e sem laboratórios? Sem o funcionamento normal das secretarias? Muitos estudantes não conseguem se manter sem o funcionamento do RU. E mais, como aceitar que, nós, professores, neste período de greve dos servidores técnico-administrativos, ignoremos os prejuízos ocasionados por este movimento, mantendo a rotina acadêmica como se fosse possível a universidade prescindir de livros, de apoio logístico e de pessoal?
A não-resolução das justas reivindicações está levando a greve a se prolongar no tempo, sem resposta efetiva. Como já vem ocorrendo há várias semanas, muitos setores da UFSC se encontram paralisados totalmente, como, por exemplo, DAE e NPD. Portanto, o caos está instalado! Neste sentido, a diretoria da Apufsc pede aos professores que reflitam se devem iniciar o próximo semestre nas precárias condições em que se encontra a nossa universidade, pois há muito tempo temos acumulado prejuízos que apenas se mostram mais evidentes durante a greve. É necessário enfatizar que o movimento dos servidores técnico-administrativos vem lutando para garantir a qualidade do ensino, pesquisa e extensão nesta instituição.
Os professores da UFSC, em sua última Assembléia Geral (19/julho/07), aprovaram moção de apoio à greve dos servidores técnico-administrativos. A Apufsc conclama, desta forma, as autoridades, particularmente as desta universidade, a exercerem suas funções e pressionarem com toda a força possível o MEC e o MPOG para uma solução imediata da situação que perdura há mais de 66 dias.