Las personas mayores, tanto en los países en vías de desarrollo como en los países desarrollados, disponen de una experiencia a compartir con las generaciones mas jóvenes, lo que les permite ser el nexo entre el pasado y el presente y por ello constituyen un recurso clave para dar continuidad a los valores culturales y preservar la diversidad de identidades. –
“Relatório da Assembléia sobre Envelhecimento”. Madrid, 5 a 9 de abril de 2002
O que leva um grupo de professores a assumir uma carga extra de trabalho, sem remuneração e, aparentemente, sem “conexão” com as suas atividades rotineiras ligadas à docência? Será puro masoquismo? Certamente que não é. E quando, a esse grupo, se somam aposentados que poderiam aproveitar seu tempo de forma mais prazerosa, para fazer tudo aquilo que sempre adiaram em função das obrigações com ensino, pesquisa e extensão? O que será que leva esses colegas a constituírem uma chapa para concorrer à eleição da diretoria da Apufsc? Ao contrário de uma minoria que vê esses colegas apenas como “sindicalistas profissionais”, há algo muito mais relevante que nos move a aceitar esse desafio: a convicção da importância do papel da Apufsc na história de luta e conquistas obtidas, não só salariais, como também na defesa do ensino público e gratuito, impedindo a implantação de diversos projetos governamentais. Afinal, a educação em nosso país historicamente não tem sido considerada como investimento para o desenvolvimento sócio-econômico da população brasileira. Só não enxerga isso quem sempre esteve ausente, por completo, da vida universitária no sentido mais amplo da palavra.
Desafiamos os autores do texto “Por uma nova Apufsc”, Boletim 600, a demonstrar qual é o “papel tão decisivo” que os aposentados têm na “associação”. Até nos sentimos lisonjeadas, como aposentadas, ao saber que temos peso e importância na condução do sindicato. Para nós, não é nenhum demérito ser aposentada, o que nos admira é a miopia política em considerar aposentado carta fora do baralho.
Relegar aos aposentados o papel de “patrimônio ético e moral da categoria” revela um total descompromisso com a realidade em que vivemos. É lastimável, principalmente, vindo de professores doutores pesquisadores, pós-doutores, etc, etc…
Fala-se em falta de democracia no sindicato e nos admira que a crítica venha exatamente de quem não participa e não tem como prática ações de interesse coletivo. Desafiamos, novamente, que nos mostrem nesta cidade qual o veículo de informação escrita que seja mais democrático do que o Boletim da Apufsc, no qual qualquer um escreve o que bem entende, sem o menor pudor de achincalhar e ofender colegas que mal conhecem ou sequer lhes dirigiram a palavra uma única vez. Quem lhes dá esse direito? Ah… como é fácil jogar pedra nos outros, o difícil é ter iniciativas construtivas e, quando estas aparecem, por parte de quem nunca contribuiu com nada para o coletivo, o que será que pode estar por trás? Afinal, o que está em jogo? Estão se sentindo ameaçados? Por quem?
Os discursos fazem parte da academia, mas estes, dissociados da prática, levam a uma histeria improdutiva, o que contradiz o discurso da produtividade. Fiquemos atentos aos próximos fatos e façamos votos que toda essa ebulição sirva para fortalecer mais ainda nosso sindicato.