Andes propõe nova tabela salarial para os docentes

A diferença dos salários iniciais pagos pelo governo federal aos docentes das universidades federais e os pagos a outras categorias de servidores federais é gritante. Mesmo em comparação com categorias cujos concursos públicos não exigem diploma de curso universitário, a desvantagem salarial dos professores é acentuada. Esse foi um dos aspectos discutidos na audiência que os dirigentes do Andes-SN tiveram com o secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota, no dia 6 de junho passado. 

A tabela salarial aprovada na última reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do Andes-SN, entregue ao secretário, propõe uma política salarial que incorpore todas as gratificações, garantindo-se a paridade e isonomia de salário e a compensação das perdas salariais acumuladas a partir de janeiro de 1995. 

Clique aqui para ver as tabelas na versão em pdf do Boletim

A proposta do Andes-SN engloba as carreiras de 1º, 2º e 3º graus, cujo vencimento passa a ser igual à remuneração total do professor Auxiliar 1 com graduação e em regime de 20 horas e considera a incorporação da VPI e das gratificações (GAE, GED e GEAD), que seriam extintas. Com isso o vencimento básico do Auxiliar 1, 20 horas, seria de R$ 1.397,87. Para a montagem das malhas, o sindicato propõe a aplicação da estrutura vigente em janeiro de 1995 com os mesmos percentuais para as duas carreiras, acrescida das classes de associado e especial nos termos atuais. 

Assim, o menor salário passa a ser o do Auxiliar 1, 20 horas, com graduação, citado acima, e o maior do professor titular com doutorado, que passaria de R$ 6.898,25 para R$ 17.071,23. 

A proposta espelha na prática todas as reivindicações históricas dos docentes das Ifes e recupera as perdas acumuladas desde 1995. As tabelas divulgadas nesta página referem-se aos docentes de 1º, 2º e 3º graus e aposentados com 40 horas e dedicação exclusiva. As tabelas completas, com todas as remunerações e cargas horárias estão disponíveis no site da Apufsc (www.apufsc.ufsc.br). 

Entenda a proposta:

1. A remuneração total do Auxiliar 1, Graduação, 20 horas, passa a ser o Vencimento para a recomposição das malhas salariais das carreiras de 1º, 2º e 3º grau e são consideradas incorporadas a VPI e as gratificações (GAE, GED e GEAD), com suas respectivas extinções.

2. Para a montagem das malhas aplica-se a estrutura vigente em janeiro de 1995, com os mesmos percentuais para as duas carreiras, acrescida das classes de associado e especial, nos termos atuais.

Principais pontos da tabela

1. Definição de uma política salarial que inclua a incorporação das gratificações com paridade e isonomia de salário e a compensação das perdas salariais acumuladas a partir de janeiro de 1995. 

2. Isonomia entre GED e GEAD pelos seus valores máximos.

3. Incorporação da GED, GEAD e GAE no vencimento básico.

4. Isonomia do vencimento básico entre as carreiras do ensino superior e do 1º e do 2º graud+ 

5. Isonomia dos percentuais de titulação entre as carreiras do ensino superior e do 1º e do 2º grau. 

6. Paridade entre ativos, aposentados e pensionistas. 

7. Incorporação da VPI (Vantagem Pecuniária Individual).

Salários iniciais no serviço público 

Professores
Nível Superior:
R$ 1.397,87 
 
Câmara dos 
Deputados
Nível médio: 
até R$ 3.252,00
Nível superior: 
até R$ 9.008,00 
 
Tribunal de 
Contas da União
Nível Superior: 
R$ 22.111,25 
 
Polícia 
Rodoviária Federal
Nível médio: 
R$ 5.089,00 
Tribunal 
Superior Eleitoral
Nível médio: 
R$ 2.997,00
Nível superior: 
R$ 4.616,00 
 
Tribunal 
Regional Federal
Nível fundamental: 
R$ 2.036,34
Nível médio: 
R$ 3.005,00
Nível superior: 
R$ 4.624,00 a 5.326,00 
 
Advocacia 
Geral da União
Nível superior: 
R$ 3.130,00