Em Assembléia Geral realizada na última quarta-feira, dia 30, no auditório do Hospital Universitário, os servidores técnico-administrativos da UFSC decidiram aderir à greve nacional da categoria, deflagrada na segunda-feira, dia 28.
Os trabalhadores da UFSC entram em greve a partir desta segunda-feira, dia 4, quando realizam, a partir das 8h30, no Restaurante Universitário, uma nova Assembléia para organizar a paralisação, com a formação de grupos de trabalho e do comando local de greve.
De acordo com o Sintufsc, a greve é motivada por uma longa pauta de reivindicações não atendidas, entre elas, a luta contra o congelamento dos salários 10 anos (prevista no Projeto de Lei Complementar 01/2007)d+ reajuste salarial, data-base, negociação coletiva, isonomia salarial e de benefícios, reajuste das tabelas salariais, ascensão funcional, resolução do Vencimento Básico Complementar (VBC), paridade entre trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas. O eixo da greve inclui ainda a luta contra as reformas neoliberais do governo Lula, que ameaçam direitos históricos dos trabalhadores, contra a lei de greve e contra o projeto de Fundação Estatal de Direito Privado, que o governo propõe para muitas áreas do serviço público.
No caso específico dos HU, ressalta o Sintufsc, o problema é muito sério, pois já há uma proposta oficial do governo de transformar os hospitais universitários em Fundação Estatal de Direito Privado. O projeto propõe que os HU funcionem através de parcerias e contratos, negociados dentro da lógica privada. Nesse modelo, não mais haverá dinheiro do orçamento garantido para manter os hospitais e os trabalhadores serão contratados pela CLT. E o que é mais grave, a intenção do governo, expressa pelo ministro da educação, é de tratar caso a caso cada situação de hospital, quebrando assim a unidade na luta por esse patrimônio da saúde pública brasileira, que são os HU.
A greve já conta com a adesão de trabalhadores de 33 das 56 Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).