Nesta quarta-feira, dia 16, ao meio dia, bolsistas da Capes, estudantes e professores de pós-graduação se reúnem em assembléia no auditório do Centro de Educação (CED) para discutir a situação do não pagamento das bolsas.
Aproximadamente 10 mil estudantes-pesquisadores de todo Brasil estão em situação crítica. Em fevereiro deste ano, eles foram convocados pelas coordenações dos Programas de Pesquisa dos quais fazem parte a apresentar a documentação exigida pela Capes para serem cadastrados em diferentes programas de bolsas. Dentre os documentos exigidos estava a comprovação de que o candidato à bolsa não possuía vínculo empregatício ou recebia qualquer tipo de bolsa ou rendimento de outra origem.
Vários candidatos, para se dedicarem aos estudos e pesquisas, abriram mão de outros proventos. Portanto, desde março estão na dependência da implementação das bolsas para garantirem sua subsistência.
Entretanto, foi comunicado aos pós-graduandos que está suspenso o repasse das verbas de fomento aos novos pesquisadores por motivo de reavaliação dos programas e da redefinição da política de financiamento de pesquisa por parte da Capes, sem garantir que os bolsistas selecionados passarão a receber as bolsas.
Vale salientar que as universidades, após selecionarem esses pesquisadores entre um grande contingente de candidatos, correm o risco de perdê-los, comprometendo as pesquisas em andamento em áreas essenciais para o desenvolvimento do país como Educação, Ciência E Tecnologia.
Por fim, neste momento estão sendo implementados o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e o PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) que prevêem, dentre outras metas, o desenvolvimento da economia e educação. Fica a questão: Como atingir estas metas sem tratar seriamente o desenvolvimento científico no nosso país?
Portanto, o governo tem por obrigação solucionar este gravíssimo desmando imediatamente, se a intenção é realmente promover o desenvolvimento do país.
Na última sexta-feira, dia 11, o jornal Folha de S. Paulo informou que a Capes irá pagar as bolsas para os novos alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Questionada a respeito dos três meses de atraso, a Capes declarou, segundo o jornal, que houve atraso porque a instituição não havia se comprometido a conceder bolsa a nenhuma universidade ou estudante.
A informação obtida junto à Reitoria da UFSC é de que a partir desta segunda-feira, dia 14, a agência de fomento vai permitir o cadastramento dos novos alunos. Ou seja, o pagamento vai demorar mais algum tempo a ser efetivado, prazo que não foi informado pela Capes.