Oi desmente demissão de funcionários

A compra da Brasil Telecom pela Oi começa a gerar polêmica. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Santa Catarina (Sinttel/SC), Rafael Medeiros, informou que cerca de 300 funcionários já foram demitidos. A companhia, porém, negou a afirmação.

O sindicato colocou, ontem à tarde, um carro de som na frente da empresa chamando os executivos para negociação. Medeiros afirmou que, apesar de a empresa ter assegurado os postos de trabalho, uma média de 15 pessoas têm sido mandadas embora desde o início das operações da Oi no Estado, no mês passado.

– Está um clima de insegurança, terrorismo mesmo – disse.

Segundo ele, o sindicato tem tentado de várias maneiras negociar com a companhia, mas até agora ninguém se pronunciou.

– Pedimos que eles assinassem um documento garantindo emprego até o final do ano, como eles asseguraram, mas não houve acordo – contou Medeiros, acrescentando que se a permanência dos empregos não for possível, a esperança é que empresa auxilie na recolocação desses funcionários em outras companhias.

Cinthia Meira e Graciela Vontmann estão entre os funcionários que temem perder os empregos a qualquer momento. As duas, que foram contratadas ainda na época da Brasil Telecom, estão participando do processo de migração, mas não sabem se continuarão na empresa.

– A gente está insegura, com medo de ficar sem trabalho – disse Cinthia.

Companhia afirma que houve aumento no quadro

Em nota, a Oi afirmou que não procede a informação de que está reduzindo postos de trabalho. “Conforme o balanço do primeiro trimestre, a Oi (já incluídos os dados da BrT) contabilizava 31.521 funcionários no fim de março deste ano. No fim de dezembro do ano passado _ antes da aquisição _ as duas empresas tinham juntas 31.433 funcionários. Houve aumento no número de colaboradores diretos. A companhia informa que, sempre que necessário, fará ajustes operacionais conforme sua necessidade de negócios”, dizia o texto.